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domingo, 22 de agosto de 2010

Histoire

Bom dia Pessoas!!!
Que belo domingo! Ontem fui em um Pub\bar na Zona Norte, chamado Fort London, recomendo para quem gosta de um lugar agradável com um bom som! www.fortlondon.com.br.
Esse post é com atraso que o publico, não um atraso grande, mas um certo atraso. É em homenagem aos meus camaradas historiadores que no dia 19 foi comemorado nosso dia (data de nascimento de Joaquim Nabuco). Para tanto escolhi o que eu chamo de minha última aula da graduação, o discurso do meu professor na faculdade José Alves de Freitas Netos, ou simplesmente Zé! O discurso dele até hoje é uma inspiração para mim, para continuar no ofício de historiador, lógico que dei uma modificada no discurso para poder publicar no blog. Mas antes de adentrar propriamente dito no discurso, quero expor duas frases aos meus amigos, uma retirada do discurso de formatura outra retirada de um livro:

“Amo a História, se não a amasse, não seria historiador” – Lucien Fébvre

“Mas os historiadores são pessoas alfabetizadas par excellence” – Gwyn Prins


Discurso do Professor Dr. José Alves de Freitas Neto

Devemos lembrar de nossa escolha e a nossa escolha foi a História

Então com tantas dificuldades no exercício de nosso ofício desde os problemas com as instituições de pesquisa, os arquivos, os museus, as salas de aula onde o professor é maltratado constantemente os historiadores preservam uma capacidade extraordinária e fundamental em nosso tempo que é a capacidade de perguntar, de levantar suspeitas de duvidar, de negar as respostas prontas que esse mundo oferece e o historiador exerce uma função que é pública, não existe nenhum campo em que o historiador vá trabalhar, vá se estabelecer que não seja uma perspectiva de dialogar com a sua própria sociedade, dialogar com homens de outros tempos, com respostas dadas em outro tempo e isso pressupões coragem: coragem para contrariar as explicações vigentes, coragem para contradizer discursos, coragem para buscar outras elaborações e construções, coragem para reconhecer inclusive! Que as nossas visões podem estar equivocadas.
No ato de pesquisa que muitos de nós já havíamos iniciados e a experiência de um momento tão solitário que a gente vivencia, nos debates, nos textos que escrevemos e nas aulas, nós vamos articulando informações e reflexões que dizem respeito a outros homens e mulheres, outras sociedade e outros tempos que também são nossos, mas não percamos juntos com isso a perspectiva de que o historiador busca sempre a peculiaridade e não as respostas prontas que geralmente se buscam dentro de generalizações
O segundo aspecto seria manter o espírito investigativo e a capacidade de indignar-se. A História depende de nós! Depende de sujeitos que ajam e possam por nossa descoberta e pelas descobertas que ainda faremos dentro de nossa formação, inseridas no nosso tempo e manter a capacidade em que inquirir ter habilidades e percepção de reconhecer indícios, resgatar o que está submerso e indignar-se com os usos e ordenações que tentam limitar um dos nossos atributos principais que é o atributo de pensar.
Ter espírito investigativo já é um ato de não aceitação do que previamente foi definido ou apresentado seja pelas instituições de poder, quaisquer tipos: desde os pequenos que são vivenciados nas universidades até os grandes poderes da República. Ou pela nossa própria comodidade que é um grande inimigo, talvez um dos maiores que tenhamos que enfrentar. É com esse espírito investigativo aliados a tantos outros aspectos que percebemos que se realizam as inovações e reinvenções das nossas explicações em seu próprio tempo.

Ele termina com o seguinte trecho de Fernando Pessoa:

“Dar bons conselhos,é insultar a faculdade de erra que Deus deu aos outros e de mais a mais, os atos alheios devem ter a vantagem de não ser também nosso, é apenas compreensivo que se peça conselho aos outros, para saber bem, ao agir ao contrário, somos bem nós, somente nós, bem desacordo com o ultraje, vivam com intensidade, vivam seus erros, seus acertos”

Parabéns Companheiros!

Acredito que historiador e raulzito combinam, então nada melhor que terminar com um Cowboy Fora da Lei que melhor traduz o nosso espírito




"Ao ver o vídeo de formatura, foi bom rever rostos que agora são apenas saudades..."

Um comentário:

  1. Como vc conseguiu este discurso??? Não lembrava o quanto bonito ele era....amei a lembrança! E esta música, com certeza, diz muito sobre nós! Saudades

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